sexta-feira, 2 de abril de 2010

Meus trechos favoritos do livro “Ei! Tem alguém ai?”.


Meus trechos favoritos do livro “Ei! Tem alguém ai?” de Jostein Gaarder, norueguês, nasceu em 1952, estudou teologia, filosofia e literatura. Estreou como escritor em 1986 e a partir de 1991 ganhou projeção internacional com “O mundo de Sophia”.

“Ás vezes as pessoas dizem que tiveram “um dia comum”. Isso me deixa meio aborrecido, porque não existem dois dias iguais. E nós também não fazemos a menor idéia de quantos dias de vida ainda temos pela frente!

Talvez pior ainda que falar numa galinha “comum” ou num dia “comum” seja falar num menino “comum”, ou numa menina “bem comum”. É o tipo de coisa que agente diz quando não quer se dar ao trabalho de conhecer melhor as pessoas.”

“A resposta é sempre um trecho do caminho que está atrás de você. Só uma pergunta pode apontar o caminho para frente.”

“Todo sol é uma estrela e todas as estrelas são sóis. Só que nem todas as estrelas tem planetas girando em torno, portanto não há ninguém para chamá-las de sol!”

“Peguei Mika pela mão e saímos. Subimos na colina que havia em frente de casa e sentamos num monte de pedras, um marco que papai e eu tínhamos erguido fazia muito tempo. Mamãe e Papai chamavam essa colina de Montinho. Dalí do Montinho podíamos ver a casa e também o mar até lá longe, com suas ilhotas e recifes.”

“O bom de visitar um planeta desconhecido é que agente começa a compreender melhor o nosso próprio planeta.”

“Nos lugares onde há montanhas íngremes , é importante saber escalar bem. Nas planícies abertas, é mais útil ser capaz de correr depressa. E onde há muitos predadores, ajuda muito ter um gosto ruim na carne. Melhor ainda – ser venenoso! Mas o melhor de tudo, mesmo, é ter inteligência”.

“... O problema é que quando percebemos que uma coisa tem gosto ruim, ela já pode estar nos envenenando. Portanto, é muito útil ser capaz de distinguir o cheiro das coisas.”

“Quem sabe o objetivo não era esse mesmo” (estarmos aqui agora)

“Nada no mundo é comum. Tudo o que existe faz parte de uma grande charada. Eu e você também. Nós somos a charada que ninguém consegue solucionar!”

“Mika depositou então a pedrinha bem no alto da pilha. Pensei: agora ele ajudou a construir o nosso marco.”

“A força da gravidade faz um planeta girar em torno do seu sol. E a lua atrai o mar, originando a maré alta e a maré baixa.”

“Você também acha que deve haver também uma força eu nos puxou para fora dos oceanos, e nos deu os olhos para ver e o cérebro para pensar?”

“Às vezes penso que as pessoas que não acreditam nisso devem ter um sentido importante a menos.”

“A terra leva trezentos e sessenta e cinco dias e um quarto para dar a volta em torno do sol por isso acrescentamos um dia extra a cada quatro anos.”

“Ei! Tem alguém ai? Ou é tudo vazio e deserto?”

“Lembrar de um sonho é quase tão difícil como agarrar um passarinho na mão. Mas, às vezes, parece que o passarinho vem pousar no ombro da gente de livre e espontânea vontade.”

terça-feira, 30 de março de 2010

Todos os passos.


Meu silêncio de nada vale se não visto.

Como em uma caixa de tijolos bem sentados, guardo-me como o passado em folhas amassadas.

Como em um filme de magia e mistério, lanço-me como o presente com o impulso de desvendar.

Como uma criança que tem medo do escuro, receio como o futuro que espera o dia nascer.

O que é, o que foi e o que será só a mim pertence, que construo meu poço sem balde porque a água transborda, e eu até posso fazer desejos.

Desejo, aquele q possui a todos e almeja um pouco de luz, mas só a luz do topo serve, porque assim o veneno será longo e o mito desvendado de histórias mal contadas, histórias sem fadas nem duendes, com bruxas e serpentes, nem me lembro se tinha chapeuzinho, mas o lobo se fazia presente.

Nessa estreita estrada a esperança sempre me perseguiu, obcecada por todo sentimento que carrego, não acatando meus pontos e vírgulas e fazendo de tanto aqui escrito, uma só coisa. Coisa essa que nem nome tem, é bicho solto meio cobra criada, explosão de euforia presa, o inexplicável e compreendido, o sim e o não em grego, é a morte de passagem pela vida.

A insanidade me leva no bolso como um raro relógio, eu sempre soube que poderia indicar, o controle é difícil, prazeroso e cansativo, mas pelo deleite não me entrego a ela, assim nunca saberá sua hora, assim faço-me sempre presente.

Com tanta transparência alguém pode até “achar que me vê”, mas hoje juro que faltei.

Meu nome pode estar na presença, mas até minha sombra levei.

Então foi isso que não os fez perceber minha essência aqui?

É preciso olhar nos olhos e sentir que muito tenho a apontar, perceber que de nada adianta se iludir, pois tudo nesse mundo nos ensina a evitar, e ignoram que pra entender, de “muito pouco” se precisa saber.

E pra saber do futuro sem destino dê mais um passo pra dentro do seu próprio ser, pra se lembrar do que foi, olhe no espelho e me diga o q vê. O ser humano que te controla não sabe que pouco esse mundo tem a oferecer.

Agora só nos resta seguir em frente, pois os meus e os teus passos em alguma areia já estavam.

Zero um pouco à direita.


Os olhos podem até ver.
Duvido o corpo sentir.
A boca cala, só o tempo que a cabeça não pensa.
A boca fala que quer sentir.
E a mente manda calar ao ouvir dizer, que não se deve falar.
Mas em que pensar?
Fazer de conta que não está?
Não temos tempo para perguntas.
Tudo é questão de colocação.
Né?

segunda-feira, 29 de março de 2010


O amor não vale mais que uma moeda de 50 centavos. Pior ainda se achada, histericamente afogando-se em areia seca, e brilhando mesmo sem luz pra refletir. Onde só um pedaço poderia ser visto e de nada adiantaria se seus olhos a procurasse.

Ninguém e nada a deixou, ela foi esquecida por parecer inútil, por ser lembrada tão somente para comprar doces, dar esmolas, juntar para um dia servir. Quem sabe?

Por ser prateada e não dourada, às vezes gorda, às vezes magra, às vezes nova, às vezes velha, às vezes deixada, às vezes cobrada, às vezes guardada, às vezes doada, às vezes perdida e enterrada, às vezes achada e enterrada.

O amor vale uma moeda de 50 centavos chamada histérica.

segunda-feira, 22 de março de 2010

domingo, 21 de março de 2010

Crepúsculo.


Transforma a maldade, a tece em sorriso, constrói um rosto e oferece abrigo.

Pode ser num dia de sol, mas acontece sempre na chuva, quando o tempo não avisa e o destino finge que não manipula.

A alma cansada já não sabe mais deitar, o corpo não suporta, nunca soube suportar.

Difícil dizer se é dor, calor ou um sentimento qualquer.

Parece perdido a procura do impreciso, a distrai com a cabeça erguida, a deixa em uma simples esquina, onde descobre que ali nada tem.

Lembra-se de tudo que teve e tratou com desdém.

Tudo que teve até aqui, sim, ela mereceu.

Mereceu o que quis, o que é dela e o que é teu.

Sempre haverá palavras para contradizer o inacreditável, é onde a gentileza não existe, onde tudo parece improvável.

A luz ameaça a noite e em ambas encontra-se o favor.

Favor, não a deixe aqui ao tentar retribuir, leia bem o contrato, julgue primeiro o que é fato.