
Meu silêncio de nada vale se não visto.
Como em uma caixa de tijolos bem sentados, guardo-me como o passado em folhas amassadas.
Como em um filme de magia e mistério, lanço-me como o presente com o impulso de desvendar.
Como uma criança que tem medo do escuro, receio como o futuro que espera o dia nascer.
O que é, o que foi e o que será só a mim pertence, que construo meu poço sem balde porque a água transborda, e eu até posso fazer desejos.
Desejo, aquele q possui a todos e almeja um pouco de luz, mas só a luz do topo serve, porque assim o veneno será longo e o mito desvendado de histórias mal contadas, histórias sem fadas nem duendes, com bruxas e serpentes, nem me lembro se tinha chapeuzinho, mas o lobo se fazia presente.
Nessa estreita estrada a esperança sempre me perseguiu, obcecada por todo sentimento que carrego, não acatando meus pontos e vírgulas e fazendo de tanto aqui escrito, uma só coisa. Coisa essa que nem nome tem, é bicho solto meio cobra criada, explosão de euforia presa, o inexplicável e compreendido, o sim e o não em grego, é a morte de passagem pela vida.
A insanidade me leva no bolso como um raro relógio, eu sempre soube que poderia indicar, o controle é difícil, prazeroso e cansativo, mas pelo deleite não me entrego a ela, assim nunca saberá sua hora, assim faço-me sempre presente.
Com tanta transparência alguém pode até “achar que me vê”, mas hoje juro que faltei.
Meu nome pode estar na presença, mas até minha sombra levei.
Então foi isso que não os fez perceber minha essência aqui?
É preciso olhar nos olhos e sentir que muito tenho a apontar, perceber que de nada adianta se iludir, pois tudo nesse mundo nos ensina a evitar, e ignoram que pra entender, de “muito pouco” se precisa saber.
E pra saber do futuro sem destino dê mais um passo pra dentro do seu próprio ser, pra se lembrar do que foi, olhe no espelho e me diga o q vê. O ser humano que te controla não sabe que pouco esse mundo tem a oferecer.
Agora só nos resta seguir em frente, pois os meus e os teus passos em alguma areia já estavam.
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