quinta-feira, 14 de abril de 2011

Metade do fim.

Rabisco pitoresco de uma figa.
Total segurança de saber querer pra ser.
Com a fé descontente de um tal amor.
Não ter com quem ser.
Ser sem cor.
De amores passados, com o pudor de saber que é e que tem.
Árvore coberta de penas.
Quantas raízes, que segurança. E há ninhos, passarinhos e frases marcadas em seu tronco.
Olha! É um homem, ele traz o que você sempre temeu.
Mostre-se, mostre-a, indique, aponte essa maldita fraqueza.
Nela encontrará sua riqueza, no pó, na franqueza de dizer que não sabe, de querer saber.
Pra um dia então dizer: - Foi o amor.
Amor, esse mendigo que se faz mal recebido, sem lugar, quer fumar, quer beber, quer luxar, não procura onde morar, aprendeu a ser sem lar e sabe que tem direitos sem deveres, defeitos com prazeres.
Sabe que pode chegar em algum lugar e dormir embaixo de uma árvore, daquela árvore com raízes que ele não pensa em arrancar, vendo palavras escritas que ele nunca pensou em falar, viu passarinhos em seus ninhos, tinha sombra pela noite, que ironia, tinha vida, árvore seca porém vistosa, útil, formosa, é muito duvidosa porém sempre exposta.
Exposição essa que carece molduras, mas é sempre um bom lugar para olhar e talvez morar, que seja amor para então amar.
Eu sou o amor!"

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